quarta-feira, 31 de março de 2010
Poema para não ler!
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Dois corpos, uma mente.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Vento ventante
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Que Horas são?
-Que horas são? Pergunta um homem sentado ao meu lado, que também reclama do atraso do bendito ônibus que nunca chega.
-11:15... Respondo por educação, mas o que me chama realmente a atenção é a situação que me rodeia, e começo a divagar sobre a situação humana, cercada por antagonias. A minha direita uma criança, aos berros, pede colo a sua mãe, que não a pode ceder o esperado colo, pois está amamentando a caçula, caçula de seis irmãos, isso mesmo seis! É comovente, engraçado, trágico e irritante ao mesmo tempo, enfim, a mãe passa a caçulinha para um de seus filhos e dá aconchego à menininha chorosa que está sentadinha ao chão, que se aquieta ao sentir o calor materno.
Aonde vai parar a cintura das calças de adolescentes faceiras, cada dia que passa a cintura vai baixando, daqui a algum tempo terão que inventar cintos duplos para serem afivelados aos joelhos, um de cada lado. E ônibus não passa...
Um bêbado se aproxima e troca algumas palavras com o pai das seis crianças, engraçado, descobri que umas boas doses de cachaça transformam qualquer homem em um sábio filósofo. E o bêbado vai embora, assim como chegou. E o ônibus não passa...
-Quantos metros têm sete quilômetros?...Pergunta que aguça meus ouvidos, principalmente o do lado esquerdo, fazer continha esse sim é o mal do ensino, pois não se faz mais cálculos, usam-se apenas continhas do lado do exercício, que a professora copiou de um livro qualquer.
Um ônibus para a minha frente, para infelicidade minha não é o meu. Como é irritante o barulho do motor, agora tenho mais dó do (olha a aliteração) motorista.
Uma coisa que eu mais gosto do que lasanha é prestar atenção em conversa alheia, todo mundo gosta, mas ninguém admite, pois eu sou um escutador sim e com muito orgulho de minha espionagem de conversação. Dois casais, um a minha frente agarradinhos tirando proveito do frio noturno, outro a minha esquerda, ele com as mãos escondidas no bolso da blusa (a criança chorosa acaba de fazer xixi atrás do banco) e ela com os braços cruzados, deixa pra lá, eles já foram embora mesmo.
Que vontade de fazer xixi (que inveja da menininha). E o ônibus não passa...
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90
segunda-feira, 31 de março de 2008
A fila anda
Estava pensando sobre essa expressão: "A fila anda". Cheguei na seguinte conclusão que ela definitivamente não anda, ela corre como o recordista mundial dos 100 metros. Engraçado isso, dá uma sensação de perder o que não se tem, mas enfim, segue-se para a terceira margem do rio fazer o que né?
sábado, 22 de março de 2008
O diabo na rua no meio do Redemunho...
Que o senhor sabe? Qual:... O senhor soubesse... Diadorim- eu queria ver- segurar com os olhos... Escutei o medo claro nos meus dentes... O Hermógenes: desumano, dronho- nos cabelões da barba... Diadorim foi nele... Negaceou, com uma quebra de corpo, gambeteou... E eles sanharam e baralharam, terçaram. De supetão... e só...
Imagem retirada do site: http://michelcarlos.blogspot.com/2007_12_01_archive.html
terça-feira, 18 de março de 2008
O dia que a terra parou.
Foi, e agora perdido em seu vazio, perde na imensidão, plantando colheitas, colhendo plantações, bebendo o alimento, comendo a bebida. Vá! Vá! Vá e nunca mais volte. Segue teu caminho direitaouesquerdamente convencido que nunca terá aquilo que desejoreamente carinhou. Enfim, vá e segue teu caminho Meninoinho, vá e segue teu caminho Meninoinho, menininho, niño...
segunda-feira, 17 de março de 2008
Texto para não se ler.
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Olhai para Cima
O dia que o menino cresceu.
segunda-feira, 10 de março de 2008
O mundo seria "Bão"
se estivesse ao lado
se estivesse à frente
se estivesse, se estivesse...
Coraçãomente junto
Abraçocorporeamente junto
faceamente colada a mim
resultando apenas um
Mas o sonho é pouco para acordar
A vida é pouca para viver
O toque é pouco para tocar
O beijo é pouco para beijar
Porque, por que, porquê, por quê?
Enfim, toca-se o barco para a terceira margem
A fim de se encontrar alguem afim.
De compartilhar risochoro e abraçobeijo.
Os Cegos Do Castelo
Composição: Nando Reis
Usar espinhos
Que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu
Dos cegos do castelo
Me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
Pro que eu sou...
Eu não quero mais dormir
De olhos abertos
Me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver
Venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou...
E se você puder me olhar
Se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar...
Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Do seu jardim...
Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Mimetismo
Tanta coisa a dizer-te.
Tanta coisa a não dizer-te.
Tanta coisa que não direi.
Infelizmente, preferes ser folha.
Infelizmente, não acreditas.
Que és mais que folha, folhada.
Será que não vê? Não que ver.
No dia que saíres do casulo
E descobrires, será tarde demais
O vento ventante ventou
Ventilando: Mariposa.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Comadre Florzinha
A melhor Banda que ouvi até hoje no estilo tamborístico feminino.
Comadre Florzinha - Angicos
(chico Science/ Lúcio Maia)
Seu Doutor, não lhe dou ouvidos
Minha cabeça tá cheia de idéia
O perfume que eu uso
Não é como o seu
Sai daqui da minha terra
Vou embora, vou andando
Não me posso demorar
Eu tô indo pra Vênus
Encontrar Maria
Não posso me atrasar
Meu foguete já tá chegando
É melhor sair daí
Vai soltar raio laser
Pra lumiar
As terras do Cariri